Para este filosofo a busca por informações nos mais variados segmentos e campos da ciência, tecnologia e política são indispensáveis para a absolvição de conhecimento. Por este fato faço parte de um grupo de email chamado “Revista de Geologia”. Pode parecer estranho, um critico assíduo da alta tecnologia e da política estar envolvido em um grupo tão distinto como este. Caso você, filósofo de plantão, esteja curioso nos artigos publicados neste grupo, o convido a participá-lo. Segue email do contato para a referida inclusão: revistadegeologia@yahoo.com.br
Colocação dos blocos de isopor |
Nos muitos emails recebidos por este grupo, que acabam adentrando minha caixa de entrada, um em especial chamou atenção no dia de hoje. O titulo remete-se a utilização de novas tecnologias para a construção de novas estradas na região do nordeste. Mas para minha surpresa o material que esta sendo utilizado são blocos de EPS, conhecidos popularmente como Isopor.
Nivelamento da primeira camada |
Estes blocos foram utilizados em substituição ao solo compactado na duplicação da BR 101, na cabeceira do Rio Preto, no estado da Paraíba. Foram usados aproximadamente 7.000 m³ em blocos de isopor com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25m de largura e 1m de altura, fornecidos pela Knauf Isopor. Está é a primeira vez que o país utiliza este tipo de tecnologia que utiliza o conceito de aterro ultraleve, com aplicação do isopor em solos moles.
Este tipo de material é bastante utilizado em estradas nos Estados Unidos e continente europeu, porém ainda é pouco conhecido no Brasil. O seu uso na estrutura resolve dificuldades com solos moles, substituindo o tradicional aterramento, servindo como base para receber o asfalto, evitando decalques, deformações e declives na pista, comuns quando utilizado a terra neste tipo de solo.
No trecho da BR 101 onde a novidade esta sendo utilizada, foram colocados na cabeceira da ponte cinco camadas de 90 metros de extensão, em uma área de 1.430m². Foram utilizados 1.400 blocos cobertos por uma manta de plástico (PEAD) protegida por concreto, sobre a qual se aplicou uma camada menor de aterro tradicional. Após essa etapa, outro pavimento de concreto foi colocado, concluindo assim a estrutura.
O bloco de isopor foi escolhido por ser resistente à compressão, bem mais leve que os outros materiais, proporcionando uma redução na pressão exercida sobre esses solos, e pelo seu baixo custo em comparação com outras tecnologias.
Aplicações em blocos |
É uma alternativa bastante interessante, visto a necessidade de preservação das nossas já precárias rodovias brasileiras. Mas sempre se tens o seus porém. O isopor é um material composto basicamente por C8H8, que em processo de decomposição ou de altas temperaturas pode vir a contaminar o solo e conseqüentemente contaminar os lençóis freáticos (água subterrânea). O projeto, na sua totalidade, recebeu autorização dos devidos órgãos ambientais competentes. Por este fato creio que minha preocupação quanto à contaminação do solo possa ser apenas um simples título de ilustração para esta matéria. Assim espero!
Com 59,4 quilômetros de extensão, a duplicação da BR-101, no chamado “Corredor Nordeste”, começa na entrada do município de Lucena, na Paraíba, e se estende até a divisa com o estado de Pernambuco. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT/PB) e do 1º Batalhão de Engenharia de Construção do Exercito.
concreto sobre camadas de isopor |
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