quinta-feira, 14 de julho de 2011

Estrada de isopor? Blocos de isopor são utilizados na duplicação da BR-101 no nordeste

Para este filosofo a busca por informações nos mais variados segmentos e campos da ciência, tecnologia e política são indispensáveis para a absolvição de conhecimento. Por este fato faço parte de um grupo de email chamado “Revista de Geologia”. Pode parecer estranho, um critico assíduo da alta tecnologia e da política estar envolvido em um grupo tão distinto como este.  Caso você, filósofo de plantão, esteja curioso nos artigos publicados neste grupo, o convido a participá-lo. Segue email do contato para a referida inclusão: revistadegeologia@yahoo.com.br

Colocação dos blocos de isopor
Nos muitos emails recebidos por este grupo, que acabam adentrando minha caixa de entrada, um em especial chamou atenção no dia de hoje. O titulo remete-se a utilização de novas tecnologias para a construção de novas estradas na região do nordeste. Mas para minha surpresa o material que esta sendo utilizado são blocos de EPS, conhecidos popularmente como Isopor.
Nivelamento da primeira camada
Estes blocos foram utilizados em substituição ao solo compactado na duplicação da BR 101, na cabeceira do Rio Preto, no estado da Paraíba. Foram usados aproximadamente 7.000 m³ em blocos de isopor com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25m de largura e 1m de altura, fornecidos pela Knauf Isopor. Está é a primeira vez que o país utiliza este tipo de tecnologia que utiliza o conceito de aterro ultraleve, com aplicação do isopor em solos moles.

Este tipo de material é bastante utilizado em estradas nos Estados Unidos e continente europeu, porém ainda é pouco conhecido no Brasil. O seu uso na estrutura resolve dificuldades com solos moles, substituindo o tradicional aterramento, servindo como base para receber o asfalto, evitando decalques, deformações e declives na pista, comuns quando utilizado a terra neste tipo de solo.    
No trecho da BR 101 onde a novidade esta sendo utilizada, foram colocados na cabeceira da ponte cinco camadas de 90 metros de extensão, em uma área de 1.430m². Foram utilizados 1.400 blocos cobertos por uma manta de plástico (PEAD) protegida por concreto, sobre a qual se aplicou uma camada menor de aterro tradicional. Após essa etapa, outro pavimento de concreto foi colocado, concluindo assim a estrutura.
O bloco de isopor foi escolhido por ser resistente à compressão, bem mais leve que os outros materiais, proporcionando uma redução na pressão exercida sobre esses solos, e pelo seu baixo custo em comparação com outras tecnologias.

Aplicações em blocos
É uma alternativa bastante interessante, visto a necessidade de preservação das nossas já precárias rodovias brasileiras. Mas sempre se tens o seus porém. O isopor é um material composto basicamente por C8H8, que em processo de decomposição ou de altas temperaturas pode vir a contaminar o solo e conseqüentemente contaminar os lençóis freáticos (água subterrânea). O projeto, na sua totalidade, recebeu autorização dos devidos órgãos ambientais competentes. Por este fato creio que minha preocupação quanto à contaminação do solo possa ser apenas um simples título de ilustração para esta matéria. Assim espero!

Com 59,4 quilômetros de extensão, a duplicação da BR-101, no chamado “Corredor Nordeste”, começa na entrada do município de Lucena, na Paraíba, e se estende até a divisa com o estado de Pernambuco. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT/PB) e do 1º Batalhão de Engenharia de Construção do Exercito. 




concreto sobre camadas de isopor

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