domingo, 17 de junho de 2012

Classes da sociedade acobertadas sobre o manto da igualdade. É possível?


Por Filosofo Master,

Estariam algumas classes sendo acobertadas pelo manto
da igualdade? 
Chegando a meus recintos, em minha humilde residência, após um desgastante dia de trabalho e, posteriormente, estressante noite de faculdade, aproveitei o pequeno período de descanso para assistir a programação noturna da TV aberta brasileira. Sabe-se que pouco se pode aproveitar do instrumento, mas há de valorizarmos raras exceções. Após assistir ao programa a Liga, da TV Bandeirantes, do dia 12/06, não pude deixar de escrever este texto. Fiquei com o assunto durante a semana toda em minha mente, e, certamente, o mesmo, causará muita polemica, não por uma posição que aqui farei, pois respeito à idéia seja qual for, mas pelo mau uso destas classes a fim de influenciarem posturas antiéticas e tão pouco corretas junto à sociedade.
Talvez o trecho da reportagem que motivou-me a escrever este post foi, de fato, uma pequena colocação que pode ter passada despercebida pelos telespectadores, mas não a este filosofo. A frase foi dita pelo então Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP/RJ), polêmico por suas colocações, que dizia: “...não concordo com a posição deles por acharem que, em tudo, são superiores a todos.”. Nem tudo o que o Deputado falou são farpas, exemplo é o trecho que destaquei. Mas o que ele vociferou após, considero como postura xenofóbica que não merece ser descrita aqui neste singelo e respeitoso espaço. Não condeno o tema retratado no programa, respeito todas as classes, etnias e opções sexuais. Estamos em uma era que os direitos são igualitários para todos e a constituição assegura plenos poderes para expormos nossas idéias, dentro do limite ali concebido. Mas o que me traz aqui não é o tema retratado no programa, mas sim uma critica sobre todas as classes da sociedade que a usam como pretexto para disseminar irá junto à opinião publica. É preciso que existam classes que se acham superiores só por serem diferentes? É possível reivindicar direitos não rebaixando outros indivíduos por não serem adeptos a uma determinada causa? Há de se haver limites. Um movimento não se faz a força, se faz por si só, com sabedoria.
Muito que observo é uma posição forçada de vitimadas. Não cito nomes. Basta analisarmos com clareza algumas classes que veremos exatamente algo de errado. Posso estar falando alguma bobagem, mas também nenhuma inverdade. Vejo isso como algo que contraria o sinônimo de ideais, utilizando pretexto para tornarem-se vitimadas. Muito falamos hoje em uma sociedade igualitária, mas há de se haver respeito destas classes também. O que vemos hoje são "ramificações" que mais atiçam deliberadamente o desagrado da opinião publica, contrariando a busca dos seus verdadeiros direitos. Hoje um humorista não pode fazer colocações de orientações sexuais, raciais e sociais que tornam-se ofensas aos olhos “vorazes” das classes. Porém, dentro destas mesmas, pode-se ouvir colocações similares, evidenciando uma postura de superioridade as demais. Não seria esta a verdadeira colocação de xenofobia de si próprio? Aqui eu chego em um contraponto. O fato de estarmos em meio a crises intelectuais entre classes e opinião é o fato de, estas mesmas, não aceitarem a si próprias dentro de uma sociedade que, por mais imperfeita que seja, tenta sob todas as formas, corrigir os erros do passado. Hoje o que se falta é humildade. Para que vivamos em prefeita sintonia, deve-se perder a postura insaciavelmente despótica de seus íntimos. Assim haverá a respeitabilidade que tanto buscam.  

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