quarta-feira, 6 de março de 2013

O império chavista em ruínas. Um adeus, sem emoção, de um Chávez que não deixará saudades.

Chávez não deixará saudades. Um alento à América Latina.
As 14h e 28min, do dia 5 de março de 2013, em coletiva realizada no Palácio de Miraflores, o então vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciava em cadeia nacional de rádio e televisão, que o estado de saúde de Hugo Chávez havia piorado. Pela primeira vez o governo chavista admitia em publico a sua fragilidade política, escondida desde o inicio do tratamento do referido "presidente". O alto escalão político e militar foi chamado as pressas, para Caracas, a fim de municiar e fechar as lideranças bolivarianas para o que viria de pior a acontecer. Assim, as 16h e 25min, hora local, terminava o reinado de Hugo Rafael Chávez Frías, dono de um tal de socialismo bolivariano do século XXI, que ninguém, nem mesmo ele, jamais foi capaz de explicar.
Sua historia é repleta de muita polemica. Oficial militar de carreira, Chávez fundou o Movimento Quinta República, da esquerda política, depois de capitanear um golpe de estado mal-sucedido contra o governo de Carlos Andrés Pérez em 1993. Após o episódio, o cujo foi eleito, em pleito, presidente em 1998. Com o respaldo de numerosos referendos e eleições, Chávez foi reeleito, vencendo os pleitos de 2000 e 2006. Foi capaz de mudar completamente um constituição ao seu bel-prazer, a fim de, controlar os três principais poderes do país (executivo, legislativo, judiciário e, de maneira acobertada, o eleitoral). As políticas socialistas bolivarianas, advogadas por Chávez, resplandeceram em inúmeras trapalhadas políticas que polarizaram opiniões dos principais lideres do globo.
Seu estado de saúde foi repleto de mistérios. Sabia-se que desde 2011 o cujo lutava contra o  maior inimigo da sua vida, o câncer. Passou por quatro cirurgias em Cuba, não sendo revelados maiores detalhes quanto a sua saúde. Horas antes da sua morte, chegou a ser insinuado pelo governo interino de Caracas que o maior responsável pela doença era os Estados Unidos. A paranóia foi tanta que certa vez, o próprio Hugo Chávez teria dito que haveria uma conspiração imperialista que tinha desenvolvido uma nova tecnologia para desenvolvimento do câncer (arma biológica), com o objetivo de atingir e eliminar os lideres latino americanos. Pouco antes da morte de Chávez dois diplomatas americanos foram expulsos do país, segundo eles, acusados de conspirarem contra um golpe ao governo.
Loucuras a parte,  assim que a população venezuelana soube da morte do seu presidente, milhares de chavistas foram as ruas, as lagrimas, aos prantos, genuinamente comovidos. As forças armadas, em novo pronunciamento, pediu união ao povo nesta difícil ocasião,  reiterando tranqüilidade e entendimento das partes neste momento de dor. Subseguindo, declarou que a partir desse momento todos terão que cumprir a constituição, escrita pelo próprio Chávez. Tal declaração foi um alento para os principais lideres, principalmente os  europeus, que preocupavam-se pelo fato do possível não cumprimento de um novo pleito. Pela constituição, com a morte do presidente da república deverá haver novas eleições em 30 dias. Até lá quem ficará no comando será o vice, Nicolás Maduro. Como todo líder populista, latino-americano, Chávez morreu sem deixar herdeiro político a sua altura, para alento do referido bloco.
Definitivamente Chávez esta morto, Caracas perdeu um "ditador", o povo "chora", mas ao mesmo tempo ganhou um belo "chocolate", vindo de Porto Alegre, para adoçar uma nova era de prosperidade à Venezuela. Chávez, que não é o personagem mexicano, não deixará saudades.

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