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sábado, 27 de julho de 2013

A futilidade do adjetivo laicidade.

Governo brasileiro,inteligentemente, recepciona Papa Francisco não como líder
religioso, mas 
como um chefe de estado.
Ouço, e leio, nas mais variadas esferas da comunicação, centenas de comentários condenando tanto a imprensa quanto o governo pela mídia dada a visita do Papa Francisco ao nosso país. Entendo que política e religião jamais devem se misturar, mas estamos frente a um evento (Jornada Mundial da Juventude) programado a mais de três anos. Presumia-se que a imprensa daria mídia para o acontecimento. Alias, é trabalho dela informar a sociedade (quem não quiser, ou é contrario a isso, desligue a TV). Quanto a receptividade do governo brasileiro não há nada de errado, pelo contrario, o Papa, além de ser um líder espiritual, é um CHEFE DE ESTADO, escolhido de forma democrática, por um colégio (de cardeais). Qualquer líder, no mesmo status, receberia essa receptividade. Evidente que o Papa é muito mais que um chefe, e sim o representante maior de uma igreja. Isso acaba criando muita confusão entre os críticos "de plantão". Afirmar que o governo esta se contradizendo apenas pelo fato de recepcioná-lo, é pensar insistentemente de forma "parva" (quem não sabe o significado procure no dicionário). Esses mesmos indivíduos que tanto falam em laicidade (laíco), como se o adjetivo fosse algo fascinante, são os mesmos que uniram matrimônio em uma igreja, ou possuem programação já marcada para tal, como se a atitude fosse mais que espiritual (simbólica), e sim politica. Antes que alguns integrantes da sociedade condenem qualquer atitude da mídia e do governo, é necessário averiguar com cuidado as circunstancias, procurando não deixar que pensamentos radicais se misturem com a razão.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O império chavista em ruínas. Um adeus, sem emoção, de um Chávez que não deixará saudades.

Chávez não deixará saudades. Um alento à América Latina.
As 14h e 28min, do dia 5 de março de 2013, em coletiva realizada no Palácio de Miraflores, o então vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciava em cadeia nacional de rádio e televisão, que o estado de saúde de Hugo Chávez havia piorado. Pela primeira vez o governo chavista admitia em publico a sua fragilidade política, escondida desde o inicio do tratamento do referido "presidente". O alto escalão político e militar foi chamado as pressas, para Caracas, a fim de municiar e fechar as lideranças bolivarianas para o que viria de pior a acontecer. Assim, as 16h e 25min, hora local, terminava o reinado de Hugo Rafael Chávez Frías, dono de um tal de socialismo bolivariano do século XXI, que ninguém, nem mesmo ele, jamais foi capaz de explicar.
Sua historia é repleta de muita polemica. Oficial militar de carreira, Chávez fundou o Movimento Quinta República, da esquerda política, depois de capitanear um golpe de estado mal-sucedido contra o governo de Carlos Andrés Pérez em 1993. Após o episódio, o cujo foi eleito, em pleito, presidente em 1998. Com o respaldo de numerosos referendos e eleições, Chávez foi reeleito, vencendo os pleitos de 2000 e 2006. Foi capaz de mudar completamente um constituição ao seu bel-prazer, a fim de, controlar os três principais poderes do país (executivo, legislativo, judiciário e, de maneira acobertada, o eleitoral). As políticas socialistas bolivarianas, advogadas por Chávez, resplandeceram em inúmeras trapalhadas políticas que polarizaram opiniões dos principais lideres do globo.
Seu estado de saúde foi repleto de mistérios. Sabia-se que desde 2011 o cujo lutava contra o  maior inimigo da sua vida, o câncer. Passou por quatro cirurgias em Cuba, não sendo revelados maiores detalhes quanto a sua saúde. Horas antes da sua morte, chegou a ser insinuado pelo governo interino de Caracas que o maior responsável pela doença era os Estados Unidos. A paranóia foi tanta que certa vez, o próprio Hugo Chávez teria dito que haveria uma conspiração imperialista que tinha desenvolvido uma nova tecnologia para desenvolvimento do câncer (arma biológica), com o objetivo de atingir e eliminar os lideres latino americanos. Pouco antes da morte de Chávez dois diplomatas americanos foram expulsos do país, segundo eles, acusados de conspirarem contra um golpe ao governo.
Loucuras a parte,  assim que a população venezuelana soube da morte do seu presidente, milhares de chavistas foram as ruas, as lagrimas, aos prantos, genuinamente comovidos. As forças armadas, em novo pronunciamento, pediu união ao povo nesta difícil ocasião,  reiterando tranqüilidade e entendimento das partes neste momento de dor. Subseguindo, declarou que a partir desse momento todos terão que cumprir a constituição, escrita pelo próprio Chávez. Tal declaração foi um alento para os principais lideres, principalmente os  europeus, que preocupavam-se pelo fato do possível não cumprimento de um novo pleito. Pela constituição, com a morte do presidente da república deverá haver novas eleições em 30 dias. Até lá quem ficará no comando será o vice, Nicolás Maduro. Como todo líder populista, latino-americano, Chávez morreu sem deixar herdeiro político a sua altura, para alento do referido bloco.
Definitivamente Chávez esta morto, Caracas perdeu um "ditador", o povo "chora", mas ao mesmo tempo ganhou um belo "chocolate", vindo de Porto Alegre, para adoçar uma nova era de prosperidade à Venezuela. Chávez, que não é o personagem mexicano, não deixará saudades.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O possível último ato de império de um quase falecido governo chavista.

Estado de saúde do atual Presidente venezuelano é um mistério, 
mas fontes próximas, em Havana, a descrevem como grave.
O Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, informou na tarde desta terça-feira (08/01) que adiará a posse do presidente reeleito Hugo Chávez, programada para dia 10 deste mês, devido o seu estado de saúde. A informação foi transmitida pelo presidente da Assembléia, Diosdado Cabello, em carta assinada pelo atual vice-presidente, Nicolás Maduro.
A constituição venezuelana, redigida pelos próprios chavistas, descreve que o Presidente da Assembléia Nacional deve tomar posse enquanto iniciam-se os preparativos para novas eleições em 30 dias. Para a base governista, os artigos da constituição não determinam onde e "nem quando" o ato do juramento é realizado. As informações quanto a saúde de Chávez continuam escassas e são um mistério. O presidente encontra-se na capital cubana, Havana, em estado grave, após a quarta cirurgia de retirada de um tumor. A oposição, em um manifesto que considera como um golpe à constituição venezuelana, pediu aos presidentes da América Latina que não aceitem a intenção do governo de adiar a posse de Chávez em seu novo mandato.
Após o anuncio de Caracas, este filosofo conclui que a Venezuela adentra uma grave e profunda instabilidade política e social. É moralmente inaceitável mudar uma constituição para atingir um objetivo político: de assegurar a posse de um "sistema" antes que o "bendito fruto" apodreça. Está em jogo o bem comum de defesa e ética assegurados por um conjunto de garantias que mantém a organização política de um país. Esperaremos pelos próximos capítulos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A mídia esta distorcendo a figura do hacker

Logomarca do grupo Lulz Security, famoso pelos ataques a sites do governo  brasileiro
Lendo uma matéria (muito bem escrita) publicada pela jornalista Vanessa Nunes, especialista em tecnologia, do portal ClicRBS, fez repensar, em mim, algo que havia notado quando começou a ser noticiado que sites do governo federal haviam sido alvo de ataques virtuais pelos tais “piratas da rede”.
Como todos sabem semana passada, mais de 40 portais de órgãos do governo, incluindo o site da presidência, o portal da transparência, IBGE e brigada militar gaúcha, foram vitimas de ataques que, na sua maioria, partiram de computadores localizados, principalmente, na Itália. Mas o que chama atenção é o fato da mídia, por total falta de instrução e conhecimento, estar caracterizando a figura do hacker como o grande vilão da historia. Segundo o livro “Hacker Culture”, do autor Douglas Thomas, o termo hacker, vem do inglês “hack”, que são programadores que, nas décadas de 50 e 60, tentavam e almejavam fazer tudo ao seu alcance para conseguir mais recursos, no intuito de encontrar soluções para suas “façanhas” computacionais. Thomas, descreve em um trecho de seu livro que ser hacker é procurar desafiar qualquer entendimento ou representação de quem eles são. Dentro da área da alta tecnologia, ser hacker é sinônimo de orgulho e de grandes contribuições para a computação. Neste “hall” podemos incluir figuras ilustres como Bill Gates e Paul Allen (Microsoft), Steve Jobs (Apple), Mark Zuckerberg (Facebook), Larry Page e Sergey Brin (Google), Linus Torvalds (Linux). Esta é apenas uma pequena parcela dos grandes hackers que contribuíram com o desenvolvimento da computação nos últimos 30 anos. Seria incorreto dizer e considerá-los que possuem o mesmo “naipe” de um individuo que invade sites ou rouba informações. Portanto a termologia correta, a se dizer, é cracker.
O problema é que a noticia transmitida, na sua grande parcela, é direcionada para o publico leigo no assunto e chamá-los de crackers soa de forma estranha ao leitor. A grande questão é que a palavra hacker, nestes últimos tempos, foi difundida de maneira incorreta, pintando a imagem deste individuo como a de um criminoso.
A imprensa precisa compreender um pouco mais da historia computacional antes de difundir termologias em suas reportagens. A imprensa é responsável pela correta difusão da informação. Erros como estes distorcem a figura de profissionais competentes da área, bem como, a dos grandes gênios da informática, criando uma analogia de que o hacker é o grande vilão dos tempos modernos.

Sugiro, a todos, lerem a ótima reportagem publicada pela jornalista Vanessa Nunes no link abaixo:


http://wp.clicrbs.com.br/vanessanunes/2011/06/26/sera-que-nao-estamos-pintando-uma-imagem-distorcida-sobre-quem-sao-os-hackers/?topo=13,1,1,,,13