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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mais um trabalhador chinês se foi! E o pior é que estamos alimentando este dragão.

Trabalho semi-escravo preocupa ONG's internacionais
Em um dos artigos escritos por este filosofo, (para re-ler clique aqui), descrevi de forma metódica o terror que o governo chinês aplicava sobre empresas estrangeiras, que em troca da coibição da pirataria no seu país as obrigava a transferir suas operações em seu território. Não coube naquele momento explanar um tema delicado que de fato preocupa órgãos internacionais ligados aos direitos humanos e a organização internacional do trabalho (OIT). Mas visto o suicídio de mais um trabalhador chinês na fábrica da Foxconn, o tema precisou ser reascendido por este que vos escrevem. A China é reconhecida internacionalmente pelo seu modelo ortodoxo de segurança no ambiente de trabalho. Pouco se sabe hoje o que acontece em suas estranhas, visto que o país coíbe todo tipo de informação para fora de suas fronteiras. Para entendermos um pouco da sua curiosa política excêntrica, basta olhar para trás e analisarmos o passado deste país milenar.
A civilização chinesa é uma das mais antigas do nosso planeta. Existem pesquisadores que sustentam a teoria de que o berço da civilização humana tenha sido lá. Sua cultura, desde cedo, sempre esteve à frente do seu tempo. Porém, devido às constantes guerras internas e externas, sua população acabou delimitando-se a extrema pobreza. No século passado, enquanto o país reerguia-se de um passado já não tão glorioso, os chineses sentiram na pele um dos momentos mais delicados de sua historia milenar. Neste período houve uma maciça invasão japonesa, conhecida como 2ª guerra sino-japonesa, ou para os menos familiarizados 2ª guerra mundial. Sem dúvida este foi o período mais critico da era pós-império. Após este conturbado episodio, a China transformou-se por completa.
Em 1949, Mao Tse-tung e o seu partido socialista instalou no país um regime administrado a mão de ferro, transformando a China numa Republica Popular. Enquanto a população seguia a cartilha implantada por Mao os chineses aprenderam a lidar com as suas próprias dificuldades internas como a fome e a miséria do pós-guerra. Por mais totalitário que o governo socialista possa ter sido, eles souberam introduzir uma filosofia de auto-superarão pouco vista no mundo contemporâneo. Há de se considerar os créditos a Mao que soube reestruturar um país demasiadamente populoso e miserável a níveis econômicos invejáveis. Após a morte de Mao em 1978, vieram importantes transformações econômicas introduzidas por seu sucessor Deng Xiaoping. Sem duvida a China, a partir deste momento soube posicionar-se globalmente. Nos dias de hoje destacam-se por seu rigoroso sistema de ensino que objetiva formar mão de obra especializada para alavancar o desenvolvimento e lançar a China na disputa pelo mercado internacional. Daí entra o tema a ser explanado por este filósofo...
É fato notório, que o seu sistema de ensino é destacado internacionalmente por reforçar conceitos profissionais, motivo este que possa justificar a polêmica filosofia de trabalho que o governo chinês impôs a sua população. Hoje os chineses sofrem com altíssimos índices de insegurança no ambiente de trabalho. Conforme estatísticas publicadas pelo governo chinês, cerca de 200 mil indivíduos ao ano são vitimas de algum tipo de acidente, principalmente em áreas da mineração, fábricas de explosivos e de transportes aquáticos. Mas estes dados podem ter sido subestimados, visto o histórico do governo acobertar este tipo de informação para mídia. Alguns órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos falam em até dois milhões de acidentes ao ano. Já o número de óbitos decorrentes a estes acidentes são desconhecidos visto que o governo jamais liberou este tipo de informação. Um fato curioso é que a mão de obra que as empresas chinesas absorvem provem de províncias do interior do país. Por mais qualificado que seja o ensino, a população do interior (maioria no país) é considerada a menos beneficiada por estes programas. Por este fato, os trabalhadores acabam se sujeitando a exaustivas jornadas de trabalho, remuneração abaixo da média global, opressão e ambiente completamente inadequado, perigoso e hostil, acumulando consigo um espantoso número de acidentes. As condições impostas são pífias vistas aos nossos olhos. Com o que foi até então abordado, posso considerar uma nova classe para este tipo de trabalho: o semi-escravo remunerado.
No resumo da ópera, a população chinesa se vê doente fisicamente e psicologicamente. Vêem-se explorados pelo seu regime já não mais tão socialista, mas nada faz para reverem os seus direitos. Qualquer tipo de manifestação é vetado, sendo esta passiva de punições severas, ou seja, a própria população é refém de seu regime totalitário. E pensar que a China já esta adquirindo novas terras fora de seus domínios, aplicando sua filosofia de trabalho pouco plausível sobre outras culturas. Estaríamos à mercê de uma nova ordem global? É o planeta alimentando o dragão chinês!  

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Brincando de primeiro mundo? Mexicanos apresentam robô que poderá revolucionar o conceito da “robótica Social”

Eduardo ao lado de Mex-One: O robô lembra muito Maschinenmensch de Metropolis

No dia 07/07, uma equipe de cientistas mexicanos, do Centro de Pesquisa e de Estudos Avançados (Civestav), encarregados da criação de um novo conceito de humanóide, apresentou a versão final do seu robô chamado de Mex-One. Os cientistas também o descrevem como o primeiro sob o novo conceito da “robótica social”. O desenvolvimento do Mex-One havia sido anunciado há um ano pelos cientistas do centro localizado na Cidade do México, capital mexicana.
Um dos integrantes da equipe, o pesquisador Eduardo Bayro, esclarece que inventou a nova terminologia para referir-se aos complexos e diferentes usos sociais que a sua invenção terá. Ao contrário do que se conhece como “social robotic”, que consiste em criar interfaces de seres humanos através de maquinas, o projeto Mex-One difere-se na questão humana. Conforme relatado pelo pesquisador, e também líder do projeto, o desenvolvimento do robô se dá através de subprodutos com fins práticos para o ser humano em campos da medicina e cultura. Eduardo explica que a criação auxiliará a medicina, no sentido de oferecer peças robóticas para operação de atividades cirúrgicas, bem como utiliza-lo, também, como mãos e pés inteligentes para pessoas com deficiência. O cientista citou que está será uma contribuição a nível internacional porque reunirá as principais características humanóides a preços baixos.
Trata-se de um projeto inovador que permitirá a integração de centros de pesquisa tecnológicos de universidades do mundo todo. A idéia da equipe é integrar instituições que possuam poucos recursos e incentivá-las a desenvolverem novos algoritmos para o campo da robótica, visto que o projeto possui código aberto.
O robô é o mais avançado do seu tipo na região ibero-americana, com funções similares ou inclusive superiores aos desenvolvidos por empresas japonesas, americanas e européias. Seu protótipo mede 1,05m e pesa cerca de 15kg. O mesmo caminha e segue objetos com o olhar. Mais adiante, com o decorrer do seu desenvolvimento, ele será capaz de subir escadas, servir água, reconhecer faces, manter diálogos e até aprender por experiência.
A principal contribuição de Mex-One está no software de sua inteligência artificial, já que o mesmo pode armazenar informação graças a uma memória cognitiva que funciona com um sistema sem fio conectado a dois computadores.


Agora pergunto: Será que o México esta começando a despontar como uma potencia emergente tecnológica? Este é um campo em ligeira expansão que poderia ser visto, pelos nossos governantes, com bons olhos. Se até instituições mexicanas estão adiantadas no desenvolvimento robótico, porque o Brasil, com toda a sua potencialidade, não foi capaz de ainda desenvolver um projeto desta magnitude? É o México querendo brincar de primeiro mundo, mas o Brasil se achando de primeiro. Lamentável