Logomarca do grupo Lulz Security, famoso pelos ataques a sites do governo brasileiro |
Como todos sabem semana passada, mais de 40 portais de órgãos do governo, incluindo o site da presidência, o portal da transparência, IBGE e brigada militar gaúcha, foram vitimas de ataques que, na sua maioria, partiram de computadores localizados, principalmente, na Itália. Mas o que chama atenção é o fato da mídia, por total falta de instrução e conhecimento, estar caracterizando a figura do hacker como o grande vilão da historia. Segundo o livro “Hacker Culture”, do autor Douglas Thomas, o termo hacker, vem do inglês “hack”, que são programadores que, nas décadas de 50 e 60, tentavam e almejavam fazer tudo ao seu alcance para conseguir mais recursos, no intuito de encontrar soluções para suas “façanhas” computacionais. Thomas, descreve em um trecho de seu livro que ser hacker é procurar desafiar qualquer entendimento ou representação de quem eles são. Dentro da área da alta tecnologia, ser hacker é sinônimo de orgulho e de grandes contribuições para a computação. Neste “hall” podemos incluir figuras ilustres como Bill Gates e Paul Allen (Microsoft), Steve Jobs (Apple), Mark Zuckerberg (Facebook), Larry Page e Sergey Brin (Google), Linus Torvalds (Linux). Esta é apenas uma pequena parcela dos grandes hackers que contribuíram com o desenvolvimento da computação nos últimos 30 anos. Seria incorreto dizer e considerá-los que possuem o mesmo “naipe” de um individuo que invade sites ou rouba informações. Portanto a termologia correta, a se dizer, é cracker.
O problema é que a noticia transmitida, na sua grande parcela, é direcionada para o publico leigo no assunto e chamá-los de crackers soa de forma estranha ao leitor. A grande questão é que a palavra hacker, nestes últimos tempos, foi difundida de maneira incorreta, pintando a imagem deste individuo como a de um criminoso.
A imprensa precisa compreender um pouco mais da historia computacional antes de difundir termologias em suas reportagens. A imprensa é responsável pela correta difusão da informação. Erros como estes distorcem a figura de profissionais competentes da área, bem como, a dos grandes gênios da informática, criando uma analogia de que o hacker é o grande vilão dos tempos modernos.
Sugiro, a todos, lerem a ótima reportagem publicada pela jornalista Vanessa Nunes no link abaixo:
http://wp.clicrbs.com.br/vanessanunes/2011/06/26/sera-que-nao-estamos-pintando-uma-imagem-distorcida-sobre-quem-sao-os-hackers/?topo=13,1,1,,,13
http://wp.clicrbs.com.br/vanessanunes/2011/06/26/sera-que-nao-estamos-pintando-uma-imagem-distorcida-sobre-quem-sao-os-hackers/?topo=13,1,1,,,13
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