Na postagem anterior, havia escrito um breve desabafo a
respeito das manifestações da última quinta-feira nas cidades de São Paulo, Rio
de Janeiro e Porto Alegre. Havia descrito que após um longo período de hibernação
o Brasil finalmente havia acordado e saído da acomodação, porém de maneira impensável
e desproporcional. O que esse filosofo viu nesses últimos dias foram opiniões das
mais variadas classes da sociedade. A maciça opinião era favorável as
manifestações, inclusive este que vós escreve. Porém, para minha surpresa, 95%
dos diálogos acompanhados nas redes sociais eram favoráveis e ostentam os atos
de vandalismo, sendo essa a única forma para que nossos governantes enxerguem a
insatisfação da população.
Ato de barbárie. Grupo ateia fogo em lixo para tentar impedir a chegada
da PM. Clara representação dos falsos anseios. Imagem: Folha de São
Paulo. |
Em qualquer democracia, esta assegurada o direito a
manifestações, e protestos públicos, assim como em nosso país, através do art.
5º da Constituição de 1988. Entretanto, poucos saibam que os próprios direitos não
podem atingir diretamente os nossos deveres, e a partir desse ponto que quero
chegar... Há algo de egoísta nos protestos, visto que uma serie de fatores não consensuais
misturam-se com o que, de fato, é reivindicado nesses casos. Os movimentos
sociais clamam pela redução das passagens e isso é valido, mas a maneira que tais
reivindicações estão sendo realizadas é o invés de tudo que conhecemos como
democracia. O que foi evidenciado mostra
o quanto esses movimentos sociais não tem liderança e, também, não sabem pelo
que lutam. Muitos dos envolvidos dirão: O povo sofre doente nas filas dos
hospitais; sujeitamos a infância a um péssimo sistema educacional publico; pagamos
taxações abusivas sobre produtos que comprados; mas o fato é que nada disso foi
visto nas ruas, pelo contrário, foi visto um bando de indivíduos sem ter o que
fazer tocando fogo em lixeiras, depredando bancos, lojas e bancas de revistas, por
um propósito que nem ao menos sabiam.
Também, através dessa situação, em
particular São Paulo, vimos o despreparo total da PM, que despreparada não
sabia o que fazer agredindo quem estivesse na frente (vide jornalistas), fruto
tanto da irresponsabilidade das lideranças do batalhão da PM quanto do governo
estadual. Mas como dito logo no inicio, a Constituição é clara quanto a atos de
vandalismo, e isso precisa ser deixado muito claro. É um dano que praticamos a
nós mesmos que precisa ser repensado. A quem dirá que as principais revoluções
foram ganhas a base de sangue, suor e lagrimas. Não tiro a razão disso, tomo
como exemplo a Queda da Bastilha na França, onde após o histórico evento muito
coisa mudou no continente europeu, mas isso foi em 1789, ACORDEM, estamos em
2013.
Clara evidencia do despreparo da PM paulista no protesto.
Casal agredido enquanto estavam em frente a um bar na Avenida Paulista Imagem: Folha de São Paulo. |
Em meio ao calor da emoção muitas opiniões são desconformes
e pouco plausíveis, que apoiam de maneira notória a violência como solução para
os problemas desse país. Se a opinião publica pensa dessa maneira, não estaria
alinhada a um pensamento similar ao que evidenciamos em comunidades, ainda não
pacificadas, nas favelas fluminenses, onde líderes do trafico se utilizam da
violência e opressão para fazer a "sua" justiça? Lembro que não estou
equiparando os movimentos sociais a isso, tão pouco depreciando-os, apenas estão falando de maneira hipotética,
mas o pensamento de "fazer justiça" com as próprias mãos estão tão
alinhada quanto a pratica citada. Uma triste realidade assombra esse país,
movimentos sociais começam a se marginalizar devido a uma extrema minoria que visa
apenas praticar o terror e o caos. São esses os falsos revolucionários,
comunistas de fundo de quintal, que tentam persuadir o povo que clama por
justiça, com anseios esperançosos, mas que cegos por esse clamor se deixam
tomar pela violência de poucos indivíduos infiltrados dentro dessas massas.
A nossa presidenta é vingativa, cuidem-se!!! |
Minutos antes que começar a partida inaugural da Copa das Confederações
entre Brasil e Japão, no Estádio Nacional de Brasília, (vulgo Mané Garrincha),
presenciamos o que de mais correto deveria ser feito, VAIAR nossos governantes.
Torcedores insatisfeitos pelos abusivos valores gastos na construção dos
estádios para a Copa, vaiaram a nossa presidenta Dilma. Em uníssono, mais de 70
mil pessoas a hostilizaram, algo que lembrou-me um momento do Pan-Americando de
2007 no Rio com, o então presidente, Lula.
Talvez se fossemos mais inteligentes, se soubéssemos se utilizar melhor dos
nossos deveres, que estão claros na constituição, esse país já poderia ter
mudado a muito tempo. O problema é que a radicalização de uma certa minoria é o
que mais me preocupa nesse momento. O Brasil precisa mudar, mas que seja de
maneira coerente, sem depreciar aquilo que tanto lutamos no passado, a
DEMOCRACIA.
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